
19 de março de 2009 | 12h36
O ex-presidente israelense Moshe Katsav foi indiciado formalmente por estupro e outras ofensas sexuais em uma corte de Tel Aviv nesta quinta-feira. Ainda não foi marcada a data para o julgamento.
As acusações partiram de três ex-funcionárias que trabalharam para Katsav quando ele foi ministro do Turismo e, posteriormente, presidente.
Katsav é acusado de ter estuprado duas vezes uma funcionária quando ocupava a pasta de Turismo, entre 1996 e 1999, e também de tê-la forçado a cometer um ato indecente.
Ele é ainda acusado de ter assediado sexualmente outras duas funcionárias - e no caso de uma delas ter cometido um ato indecente - no gabinete presidencial, depois de ter assumido o cargo no ano 2000.
Katsav, de 63 anos de idade, ainda enfrenta a acusação de tentar adulterar um testemunho depois que o escândalo veio à tona, em 2006.
O político, que renunciou à presidência em 2007, nega todas as acusações.
No ano passado, ele rejeitou um acordo pelo qual ele admitiria culpa por má-conduta sexual, mas evitaria acusações mais sérias.
Ele afirmou que quer provar sua inocência no tribunal.
Se for considerado culpado das acusações de estupro, Katsav poderá ser condenado a 16 anos de prisão. Ele seria o primeiro ex-chefe de Estado israelense a ser condenado por crimes sexuais.
Mas seu antecessor, Ezer Weizman, foi o primeiro chefe de Estado israelense a ser forçado a deixar o cargo. Ele renunciou no ano 2000 em meio a acusações de corrupção.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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