Ex-presidente do Equador é convocado para depor em investigação sobre venda de petróleo

Ministério Público do país investiga prejuízo de quase US$ 2,2 bilhões ao Estado em vendas antecipadas de petróleo para China e Tailândia durante o governo de Rafael Correa (2007-2017); político diz que rivais tentam envolver seu nome em casos de corrupção

PUBLICIDADE

Atualização:

QUITO - O Ministério Público do Equador convocou o ex-presidente Rafael Correa a prestar depoimento em uma investigação sobre um suposto prejuízo milionário ao Estado na venda de petróleo para China e Tailândia.

‘Não imaginei voltar tão cedo ao Equador nem no meu pior pesadelo’

O ex-presidente deve comparecer à sede do MP em Quito na próxima segunda-feira para apresentar sua versão sobre os fatos investigados no caso conhecido como Petrochina.

Rafael Correa faz comício contra o fim da reeleição indefinida; ex-presidente vai depor em investigação sobre venda de petróleo Foto: AP Photo/Dolores Ochoa

PUBLICIDADE

A Procuradoria investiga um possível prejuízo ao Estado na intermediação da venda antecipada de petróleo, mecanismo aplicado pelo governo de Correa (2007-2017) para receber recursos em troca da posterior entrega de petróleo.

O caso foi denunciado pelo jornalista e político equatoriano Fernando Villavicencio, que afirma que aconteceram supostas irregularidades nas negociações com China e Tailândia que provocaram prejuízos ao Estado de quase US$ 2,2 bilhões.

Presidente equatoriano diz que Assange é um 'problema' para o país

A investigação começou há um ano e esta é primeira vez que Correa é convocado a prestar depoimento.

Publicidade

O ex-presidente afirma que seus rivais, incluindo o atual presidente e seu ex-aliado Lenín Moreno, desejam envolver o nome dele em supostos atos de corrupção em uma perseguição política.

Correa, que se mudou para a Bélgica depois de deixar o poder em 24 de maio do ano passado, está no Equador para participar da campanha pelo "Não" no referendo do próximo domingo convocado por Moreno para eliminar a possibilidade de reeleição indefinida, o que deixaria o ex-presidente fora das eleições de 2021.

O ex-chefe de Estado acusa Moreno, seu ex-partidário, de "traidor" e de fazer uma aliança com a oposição para desprestigiar seu legado. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.