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Ex-presidente do Paquistão foge de tribunal após ordem de prisão

Musharraf aproveitou confusão em corte para entrar em carro e evitar detenção

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Por Redação
Atualização:

O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf fugiu nesta quinta-feira,18, da sala em que juízes do Tribunal Superior de Islamabad acabavam de ordenar sua detenção e se refugiou em sua mansão na capital. O ex-militar, que governou o Paquistão entre 1999 e 2008, aproveitou a confusão criada por sua presença no tribunal e saiu do recinto cercado por seus guarda-costas diante da passividade das forças de segurança do lado de fora.

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O tribunal determinou a detenção imediata do ex-presidente por sua relação com a prisão de 60 juízes - entre eles o chefe do Supremo Tribunal - em 2007, o que segundo os magistrados poderia ter violado a ordem constitucional.

Musharraf saiu às pressas em um veículo 4x4 blindado para sua mansão no bairro de elite de Chak Shazad e se isolou com seus colaboradores mais próximos, enquanto a imprensa fazia inúmeras especulações que incluíam como opção a prisão domiciliar.

Pouco depois, seus advogados se dirigiram à sede do Supremo Tribunal , máxima instância judicial do país, para solicitar que este anulasse a ordem de detenção ditada pelo Tribunal Superior de Islamabad.

Segundo o porta-voz de Musharraf Rashid Qureshi, a apelação deve ser resolvida hoje mesmo". "O ex-general esperará a decisão do Supremo para anunciar seus próximos passos", disse.

Um advogado e colaborador do ex-general, Mohammed Amjad, alegou em declarações à imprensa local que se o Tribunal Superior havia decretado liberdade provisória uma instância inferior não podia ordenar sua detenção. O Supremo rejeitou nesta semana um pedido de detenção preventiva contra Musharraf em outro caso que pesa sobre o ex-militar por alta traição, uma causa também vinculada a sua gestão à frente do governo no final de 2007.

Em comunicado postado em sua página do Facebook, um colaborador de Musharraf, Razá Bokhari, definiu a ordem de detenção como "fadada ao fracasso" e fruto de um "ativismo judicial injustificado motivado por 'vinganças' pessoais". / EFE

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