08 de dezembro de 2007 | 06h02
O ex-presidente do Tribunal Supremo paquistanês Iftikhar Chaudhry, cassado após a declaração do estado de exceção no país, recusou uma oferta para se exilar na Arábia Saudita, informou neste sábado, uma fonte governamental paquistanesa. O embaixador da Arábia Saudita no Paquistão, Ali Awadh Asseri, foi, na última sexta-feira, à casa de Chaudhry, isolada pelas forças de segurança, e apresentou a proposta, segundo a fonte. Além disso, o juiz deveria baixar o tom nas suas críticas a Musharraf. Chaudhry rejeitou a oferta e explicou a Asseri que as decisões de Musharraf, entre elas a suspensão das garantias constitucionais e a destituição de vários membros do Supremo, não têm "base legal". Ele acrescentou que não abandonará o país. O Supremo, sob a Presidência de Chaudhry, tinha que decidir sobre a legalidade da reeleição presidencial de Musharraf quando o chefe de Estado declarou o estado de exceção, dia 3 de novembro, e destituiu a cúpula do tribunal. O procurador-geral do Estado, Malik Qayyum, afirmou que o estado de exceção será suspenso dia 15.
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