Ex-presidente, García apresenta-se como ´mal menor´

Alan García foi responsável por uma das administrações mais desastrosas do Peru em várias décadas

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-presidente peruano Alan García Pérez, da Aliança Popular Revolucionária Americana (Apra), foi responsável por uma das mais desastrosas administrações do Peru em várias décadas. De 1985 a 1990, época em que esteve na presidência, sua política econômica de estatizações fez a hiperinflação peruana passar de 7.500% ao ano, levando quase a totalidade dos peruanos para a pobreza. O período também foi marcado pelos cerca de 60 mil assassinatos promovidos pela guerrilha maoísta Sendero Luminoso. Após o "autogolpe" de Alberto Fujimori, García exilou-se na França para fugir dos vários processos de corrupção movidos contra ele. Após a queda de Fujimori, em 2000, e do arquivamento das investigações, o líder aprista voltou para o Peru, para no ano seguinte lançar-se à presidência. À época, ele disputou o segundo turno com o Alejandro Toeldo, atual presidente do país, depois de passar para o segundo turno de modo semelhante ao que ocorreu nesta eleição: superando a candidata conservadora Lourdes Flores com uma pequena margem de votos. Advogado, tem 55 anos e baseia sua candidatura na força de seu partido, fundado em 1924 por Víctor Raúl Haya de la Torre. Ao contrário dos demais partidos tradicionais, a máquina do Apra sobreviveu à era Fujimori. Além desses fatores, nesta eleição Garcia conta também com o receio da população em relação a seu adversário, Ollanta Humala. Durante a campanha, García não hesitou em apresentar-se como o "mal menor", assegurando que não repetirá os erros do passado e esforçando-se em ressaltar os vínculos entre seus adversário e o venezuelano Hugo Chávez. Propostas: Reduzir as tarifas dos serviços públicos, reativar o Banco Agrário, incentivar as exportações.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.