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Ex-presidente Vázquez representará esquerda em eleição uruguaia

Se vencer, a coalizão Frente Ampla obterá seu terceiro governo seguido, sendo o único partido a conseguir isso após a ditadura

Atualização:
Tabaré Vázquez, o presidente uruguaio Foto: Iván Franco/Efe

MONTEVIDÉU - O ex-presidente do Uruguai Tabaré Vázquez foi escolhido como candidato único pela coalizão Frente Ampla para disputar, em outubro, a Presidência do país. Caso vitorioso, Vázquez levará a esquerda ao governo pelo terceiro período consecutivo.

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Os resultados oficiais preliminares das eleições internas dos partidos, realizadas no domingo 1, mostraram que Vázquez, antecessor do presidente José Mujica, venceu por ampla diferença sua única concorrente, a senadora Constanza Moreira.

O Tribunal Eleitoral informou na madrugada desta segunda-feira, 2, que Vázquez obteve 82% dos votos da Frente Ampla. Foram conferidas 31,1% das cédulas. Constanza conseguiu 17,7%. Os resultados confirmaram as pesquisas de boca-de-urna informadas mais cedo por consultorias de pesquisa de opinião.

Vázquez comprometeu-se, em um discurso no domingo, a reduzir a carga tributária, lutar contra a inflação e aumentar os planos sociais e educacionais. Caso vença a eleição presidencial, a Frente Ampla obteria seu terceiro governo seguido, tornando-se o único partido político a conseguir isso após a ditadura que regeu o país de 1973 a 1985.

Médico, Vázquez foi o primeiro presidente uruguaio de esquerda, entre 2005 e 2010, e, segundo pesquisas recentes, teria muitas chances de ser o sucessor de Mujica para o período de 2015 a 2020. A última pesquisa da Equipos Consultores revelou que a Frente Ampla conta com apoio de 44% da população, enquanto o tradicional Partido Nacional tem 26%, e o Partido Colorado, 16%.

Pedro Bordaberry foi eleito candidato único do Partido Colorado, com 68,4%. Ele é filho do ex-ditador Juan María Bordaberry. A disputa interna do Partido Nacional foi mais acirrada. O deputado Luis Lacalle Pou, filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle, obteve 57%. / REUTERS

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