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Ex-prisioneiro de Guantánamo quer indenização dos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

Libertado depois de dez meses sob custódia dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo, Mohammed Sanghir, um paquistanês de 51 anos, exige uma indenização por perdas e danos de US$ 10,4 milhões por parte do governo americano, informou seu advogado. Sanghir deixou a prisão em Guantánamo em novembro de 2002. Ele foi o primeiro paquistanês a ser libertado da base naval americana em Cuba, onde cerca de 600 estrangeiros estão detidos. Ele disse ter sido enjaulado e mantido numa cela solitária. O reclamante também alega ter sido obrigado a consumir bebidas alcoólicas, o que sua religião não permite. Sanghir é muçulmano. Sua queixa, apresentada pelo advogado paquistanês Mohammed Ikram Chaudhry em Rawalpindi, foi vista ontem pela Associated Press. Após a libertação, seus captores americanos o enviaram à Base Aérea de Bagram, no Afeganistão, e depois para Islamabad, a capital paquistanesa. "Eles disseram: ´Você é inocente´ ", disse Sanghir, na época de sua libertação. "Ninguém pediu desculpas. Disseram apenas que eu já podia ir para casa." De acordo com o ex-detento, os americanos prometeram lhe pagar US$ 2.000 quando ele desembarcasse no Paquistão, mas ele recebeu apenas US$ 100.

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