Perseguida pelo chavismo, ex-procuradora-geral deixa a Venezuela

Segundo o portal argentino Infobae, Maduro ordenou o confisco dos passaportes dela e do marido e eles teriam fugido 'para Colômbia ou para o Brasil'; já a rede Caracol fala que a fuga foi em direção ao México

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz deixou a Venezuela depois de ter sido destituída pela Assembleia Nacional Constituinte instalada pelo presidente Nicolás Maduro. 

Ortega foi destituída de seu posto na primeira ação da polêmica Assembleia Constituinte e tanto ela como seu marido, o deputado chavista German Ferrer, estão sendo alvos de diversas ações policiais. Na noite de quinta-feira, mais uma vez, a residência dos dois foi alvo de uma ação de busca e apreensão e a Constituinte decidiu remover a imunidade parlamentar de Ferrer. 

Com a Constituição venezuelana de 1999 em mãos, Luisa Ortega Díaz participa no domingo de encontro para defesa a Carta aprovada no governo de Hugo Chávez Foto: EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ

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Os dois são acusados de serem os "mentores intelectuais" dos protestos que ocorrem na Venezuela desde o dia 1º de abril que já deixaram cerca de 130 mortos. 

Segundo o portal argentino Infobae, Maduro ordenou o confisco dos passaportes do casal e, por disso, ela teria fugido "para Colômbia ou para o Brasil". Já a rede Caracol fala que a fuga foi em direção ao México e os dois fugiram juntos. 

Ortega era aliada de Maduro até a convocação da polêmica Assembleia Constituinte, que elegeu 545 novos representantes - sendo praticamente todos chavistas - para reescrever a Carta Magna da Venezuela. 

A medida foi duramente criticada pela oposição e por praticamente todos os maiores países do mundo, além do Mercosul. 

Para Ortega, a convocação violou diversos artigos da Constituição do país e queria criar uma "ditadura" comandada por Maduro. / Ansa

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