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Ex-senador admite corrupção em partido de Evo Morales

Santos Ramírez, membro do Movimento ao Socialismo (MAS), admitiu tráfico de influência no acesso a cargos públicos, mas disse que já tomou providências

Por Agencia Estado
Atualização:

Dirigentes do partido do presidente boliviano, Evo Morales, foram acusados de suposto tráfico de influência no acesso a cargos públicos, cuja existência foi admitida neste domingo, 25, pelo ex-titular do Senado Santos Ramírez. O senador Ramírez, membro da Direção Nacional do partido de Morales, o Movimento ao Socialismo (MAS), disse que já "foram tomadas medidas" para esclarecer a prática corrupta "que infelizmente aconteceu e deve ser sancionada", segundo a estatal Agência Boliviana de Informação (ABI). Acrescentou que muitos dirigentes do MAS foram identificados como responsáveis pela cobrança para supostamente garantir o acesso de determinadas pessoas a diferentes cargos da administração pública. O próprio Ramírez foi implicado pela imprensa local neste assunto, mas hoje rejeitou todas as denúncias contra ele. "Pela primeira vez no país temos um governo e um presidente com vontade política de lutar contra a corrupção", enfatizou o senador governista. Morales denunciou em várias ocasiões a corrupção de governos anteriores e se referiu a ela como "a principal inimiga dos bolivianos". A partir desta convicção, o Executivo elaborou um projeto de lei, pendente de ser debatido no Congresso, para declarar imprescritíveis os crimes de dano econômico contra o Estado e tipificar outros novos como o enriquecimento ilícito, o suborno e a legitimação de lucros ilegais.

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