
11 de outubro de 2016 | 21h08
BOGOTÁ - O Conselho de Estado da Colômbia, máxima autoridade da jurisdição litígio-administrativa, anulou nesta terça-feira, 11, a sanção de 14 anos que pesava sobre a ex-senadora Piedad Córdoba. Desse modo, ela poderá voltar a candidatar-se para um cargo público.
A decisão se baseia na alegação de que as provas coletadas contra ela não eram suficientes e, portanto, a decisão da procuradoria-geral de 2010 "se baseou apenas em indícios", afirmaram à agência EFE fontes do Conselho de Estado.
A procuradoria-geral tinha desabilitado Córdoba por 14 anos pelo suposto financiamento ilegal da campanha do representante à Câmara, Ricardo Montenegro.
Em 2010, a procuradoria também sancionou Córdoba com outros 18 anos por supostos vínculos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), uma sanção que o Conselho de Estado também derrubou em agosto porque considerou que as provas foram "ilegalmente coletadas".
Córdoba foi senadora da Colômbia entre 1994 e 2010 pelo Partido Liberal. Ela ficou conhecida a partir de 2008 por seu papel para facilitar a libertação de mais de 30 reféns das Farc. A procuradoria a acusava de extrapolar suas funções como mediadora entre o governo e as Farc.
Após sua inabilitação, ela passou a liderar o movimento político de esquerda Marcha Patriótica. Depois da suspensão da inabilitação, a ex-senadora poderá candidatar-se nas próximas eleições presidenciais de 2018 liderando esse ou outro movimento político. / EFE
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