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Exame detecta DNA de Strauss-Kahn, diz TV

Segundo emissora americana, material genético estava na gola da camisa que a camareira supostamente atacada vestia no dia do incidente

Atualização:

NOVA YORKA emissora americana NBC afirmou ontem que material genético atribuído ao ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, foi encontrado na roupa da camareira que o acusa de crimes sexuais em Nova York. Um porta-voz da polícia se recusou a confirmar a informação e o tribunal responsável pelo caso também se negou a fazer comentários.Segundo a NBC, o esperma de Dominique Strauss-Kahn foi encontrado na gola da camisa de Nafissatou Diallo, uma faxineira da Guiné, de 32 anos.Erin Duggan, porta-voz do tribunal que conduz o caso, informou ontem que nenhum dado sobre o caso será divulgado antes da próxima audiência do processo, prevista para o dia 6. Os resultados dos exames de DNA efetuados em Strauss-Kahn, em sua suposta vítima e na suíte do Hotel Sofitel, onde as agressões teriam ocorrido, eram aguardados para o início desta semana. Eles deverão confirmar se houve sexo, mas a prova de violência sexual é mais difícil de ser verificada, segundo especialistas. A emissora americana CNN afirmou ontem que o ex-diretor-gerente do FMI flertou ainda com outras duas funcionárias do hotel de luxo em que houve a suposta agressão sexual. De acordo com as informações, Strauss-Kahn pediu a uma recepcionista que o acompanhou até seu quarto, no dia 13, para que ela tomasse champanhe com ele, mas a mulher recusou o convite. Posteriormente, ainda segundo a CNN, ele perguntou a outra recepcionista do local se ela queria tomar algo com ele em seu quarto no final do expediente, o que também foi negado. As informações são de policiais que investigam o caso. Strauss-Kahn, que cumpre prisão domiciliar após ter pagado uma fiança de US$ 1 milhão, é acusado de sete crimes sexuais, incluindo abuso e tentativa de estupro. Se condenado, o ex-diretor-gerente do FMI poderá pegar até 74 anos de prisão. Uma funcionária do hotel, segundo as fontes citadas pela CNN, descreveu o francês como "um paquerador".Ele enviou e-mails a funcionários do FMI negando as acusações.Strauss-Kahn foi preso dia 14 no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, quando estava a bordo de um avião com destino a Paris. Segundo a imprensa francesa, pouco antes da prisão, o ex-diretor-gerente do FMI "cantou" uma das aeromoças do voo, em voz alta e grosseiramente. Antes da prisão, Strauss-Kahn era um dos principais nomes da oposição para derrotar Nicolas Sarkozy nas eleições de 2012. / ANDREI NETTO, COM AFPPARA LEMBRARNo dia 14, o então diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, foi preso em um avião que decolaria para Paris. A polícia e a Justiça americanas o acusaram de abuso sexual e tentativa de estupro contra uma camareira do hotel onde ele estava hospedado em Nova York. Para deixar a cadeia e responder o processo em prisão domiciliar, o francês pagou fiança de US$ 1 milhão.

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