Executivo da empresa chinesa CNOOC é investigado por suspeita de propina, diz procuradoria chinesa

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Por Redação
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Um representante de alto escalão da empresa China Offshore Oil Company (CNOOC), que integra o consórcio vencedor do leilão de uma das áreas do pré-sal no Brasil, está sendo investigado por suspeita de ter recebido propinas, disse o principal promotor da China nesta quinta-feira. Primeiro executivo da empresa a se ver envolvido na ofensiva de Pequim contra a corrupção, Luo Weizhong, gerente-geral do grupo CNOOC Gás e Energia, subsidiária inteiramente pertencente à CNOOC, teria também sido detido, de acordo com um comunicado publicado no site da Procuradoria Suprema Popular chinesa. Luo também é gerente-geral de comércio internacional para o grupo CNOOC Gás e Energia, responsável por investir em terminais multibilionários de importação de gás e por estabelecer acordos de importação de longo-prazo para gás natural liquefeito. A CNOOC é dona da CNOOC Ltd, listada em Hong Kong e Nova York. O presidente chinês, Xi Jinping, tem conduzido uma ampla repressão à corrupção desde que assumiu o poder, alertando que o problema ameaça a própria sobrevivência do Partido Comunista, e prometeu ir atrás dos "tigres" poderosos, e não só das "moscas" pequenas. A repressão prendeu até agora Zhou Yongkong, um ex-chefe de segurança e executivo da indústria do petróleo, e Jiang Jiemin, ex-diretor do grupo de energia CNPC. A CNOOC e a CNPC integram, junto com a Petrobras, a francesa Total e a anglo-holandesa Shell, o consórcio que arrematou a área de Libra, no primeiro leilão de exploração do pré-sal brasileiro, realizado em outubro de 2013. (Reportagem de Chen Aizhu)

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