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Executivo da Tepco: Fukushima não está 'sob controle'

Por AE
Atualização:

O executivo Kazuhiko Yamashita da Tokyo Electric Power, também conhecida como Tepco, afirmou que a situação na usina nuclear de Fukushima não está sob controle. A empresa é responsável pelas operações no complexo e tem lidado com os contínuos problemas decorrentes da tsunami de 2011. Os comentários de Kazuhiko Yamashita entram em contração direta com as garantias dadas pelo primeiro-ministro Shinzo Abe ao Comitê Olímpico Internacional na semana passada. Em uma reunião com os membros do Partido Democrático do Japão (PDJ), da oposição, Yamashita foi perguntado se ele concordava que a situação estava "sob controle", referindo-se a declaração feita por Abe na reunião do COI, em Buenos Aires.Acho que a situação atual "não está sob controle", respondeu o executivo, segundo a grande mídia, incluindo emissora nacional NHK. As notícias fizeram com que o governo e a Tepco tivessem de dar explicações sobre as falas de Yamashita. De acordo com as autoridades, ele estava se referindo especificamente ao problema das águas residuais da usina, e não a situação do complexo em geral.O secretário-chefe do gabinete do governo, Yoshihide Suga, disse separadamente que Yamashita estava sendo pressionado repetidamente por parlamentares da oposição quando fez o comentário.A visão da Tepco como uma empresa não contradiz a declaração de Abe, afirmou Suga.A Tepco derramou milhares de toneladas de água sobre os reatores de Fukushima para conter colapsos provocados pelo terremoto e pelo tsunami de março de 2011. Segundo a empresa, a situação agora está estável, mas os reatores precisam ser mantidos sob refrigeração para evitar que saiam de controle novamente.Grande parte dessa água agora contaminada está sendo armazenada em tanques temporários na usina, e a TEPCO até agora não revelou um plano claro sobre isso.O problema foi agravado por vazamentos em alguns desses tanques. Muitos acreditam que o líquido contaminado pode ter vazado para as águas subterrâneas, que fluem para o mar.A contínua catástrofe nuclear em Fukushima estava sob os holofotes internacionais nas últimas semanas, visto que Tóquio havia desafiado e venceu Madri e Istambul na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2020. Fonte: Dow Jones Newswires.

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