Exército afegão conquista área taleban durante ofensiva

Auxiliadas pela Otan, tropas hasteiam bandeira no principal mercado da cidade de Marjah, no sul do país

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Por AE-AP
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Militares do Afeganistão hastearam hoje a bandeira nacional no principal mercado da cidade de Marjah, no sul do país. As forças locais, auxiliadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), realizam uma ofensiva para retomar a cidade, considerada um reduto extremista.Aproximadamente 15 mil soldados da Otan e afegãos participam da ofensiva em Marjah, uma cidade de aproximadamente 80 mil pessoas que era o maior centro populacional na província de Helmand controlado pelo Taleban. A Otan espera enviar rapidamente ajuda e serviços públicos, assim que a cidade estiver controlada, para garantir a lealdade da população.No quinto dia da ofensiva, nesta quarta-feira, um soldado escalou até o teto de uma loja abandonada e instalou uma grande vara de bambu com a bandeira oficial afegã. O mercado estava calmo durante a cerimônia e os marines afirmam controlar essa área. Soldados afegãos disseram que estavam guardando as lojas, para prevenir saques e na esperança de que os proprietários voltem logo.Os marines e as tropas afegãs "viram constantes mas menos frequentes atividades insurgentes" em Marjah nesta quarta-feira, limitadas sobretudo a ataques em pequena escala, afirmou a Otan em comunicado. Soldados afirmaram que a resistência do Taleban começa a parecer mais desorganizada que nos dias anteriores.Marjah fica 610 quilômetros a sudoeste do Cabul e a ofensiva na área é o maior desde a invasão do país, liderada pelos EUA em 2001.A incursão é também vista como um teste para a estratégia de evitar mortes de civis. Apesar disso, a Otan já confirmou 15 civis mortos na ação. Grupos pelos direitos humanos afegãos citam pelo menos 19 civis mortos. O general afegão Mohiudin Ghori acusou os insurgentes de cada vez mais usarem civis como escudos humanos.Quatro soldados da Otan já morreram nos confrontos, além de um soldado afegão. Aproximadamente 40 insurgentes foram mortos, segundo o governador de Helmand, Gulab Mangal.

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