Exército da Síria declara fim da trégua no país

Na nota, o Exército sírio explicou que tomou essa decisão após as mais de 300 violações do cessar-fogo por parte de "organizações terroristas armadas"

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BEIRUTE - O Comando Supremo das Forças Armadas da Síria declarou nesta segunda-feira, 19, o fim da trégua de uma semana no país, que expirou à meia-noite (horário local), em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial Sana.

Na nota, o Exército sírio explicou que tomou essa decisão após as mais de 300 violações do cessar-fogo por parte de "organizações terroristas armadas". Além disso, expressou sua "intenção e determinação de continuar com sua missão nacional de lutar contra o terrorismo para estabelecer a segurança e a estabilidade".

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos,nas primeiras 15 horas de cessar-fogo não foram reportadas mortes de civis Foto: AP Photo/Ariel Schalit

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As Forças Armadas da Síria asseguraram ter respeitado o cessar-fogo, batizado de "regime de calma", por considerá-lo uma oportunidade real de deter o derramamento de sangue. No entanto, acusaram os "grupos terroristas armados" de descumprir as cláusulas do acordo de trégua firmado com apoio de Estados Unidos e Rússia.

"As organizações terroristas armadas se aproveitaram, mobilizaram seus terroristas e armas, além de terem se reagrupado para retomar seus ataques contra zonas residenciais, posições militares e preparar operações terroristas amplas, especialmente em Alepo, Hamas e Al-Quneitra", diz o texto.

O Exército da Síria afirmou que realizou "grandes esforços" para aplicar a trégua e exerceu "maior grau de contenção" frente às violações, embora reconheceu que em alguns casos foi obrigado a respondê-las para silenciá-las.

A trégua, iniciada no dia 12, expirou na última meia-noite. Até agora, nenhuma das partes envolvidas no conflito tinha esclarecido se ela seria prolongada ou finalizada.

O porta-voz da opositora Comissão Suprema para as Negociações (CNS), Riad Agha, afirmou hoje à agência EFE que correspondia à Rússia e aos EUA, que elaboraram o acordo, anunciar a sequência ou não do pacto. / EFE

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