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Exército da Síria lança repressão contra cidade rebelde e mata 6

Número de refugiados que cruzaram a fronteira com a Turquia já passa de 3.200

Atualização:

DAMASCO -

A repressão do Exército sírio matou nesta sexta-feira, 10, pelo menos 6 pessoas, em uma ação contra "gangues armadas" na cidade de Jisr al-Shughur, onde autoridades disseram que 120 policiais e soldados foram massacrados mais cedo nesta semana.. Segundo a televisão estatal, um membro das forças de segurança foi morto em Daraa.

 

 

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"As unidades do Exército iniciaram sua missão para controlar Jisr al-Shughur e as vilas vizinhas e prender gangues armadas", afirmou a televisão estatal. Segundo a TV oficial, a operação foi lançada "a pedido dos moradores".

Ativistas pelos direitos humanos disseram que mais de 50 mil moradores de Jisr al-Shughur fugiram, muitos para a vizinha Turquia, quando tanques e soldados começaram a se concentrar nas proximidades da cidade do noroeste do país. Segundo eles, a cidade estava praticamente deserta.

Estima-se que mais de 3.200 sírios cruzaram a fronteira turca nos últimos dois dias, após a escalada da violência.

 

Gangues

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A televisão estatal culpou na quarta-feira "gangues terroristas armadas" pela violência na região. Segundo o governo, 120 soldados e policiais morreram na cidade. Porém ativistas da oposição disseram que as mortes foram fruto de um motim de tropas que se recusavam a reprimir manifestantes. Os protestos contra o governo começaram em março na Síria. Mais de 1.100 civis, incluindo dezenas de crianças, foram mortos na repressão, segundo ativistas pelos direitos humanos.A ação oficial ocorre no momento em que o regime do presidente Bashar Assad enfrenta pressão internacional por causa da repressão. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou o regime sírio de perpetrar uma "atrocidade" contra manifestantes, informou hoje a agência de notícias Anatólia. "Infelizmente, eles (líderes sírios) não se comportam de modo humano", afirmou Erdogan. Ele disse que conversou com Assad há alguns dias, porém o líder sírio subestima a situação, qualificada por Erdogan como "inaceitável".

 

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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