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Exército de Israel teria ordenado ataque a equipes de resgate

Segundo o jornal Haaretz, comunicado foi achado após ofensiva em Gaza

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Por Redação
Atualização:

O jornal israelense Haaretz publicou ontem o conteúdo de um comunicado, supostamente escrito por um oficial israelense aos seus soldados, ordenando ataques contra equipes de resgate durante a ofensiva militar na Faixa de Gaza, lançada entre dezembro e janeiro. "Regra de engajamento: Abrir fogo também contra pessoal de socorro", estava escrito à mão, em hebraico, em uma folha de papel encontrada em uma das casas palestinas tomadas pelo Exército em Gaza. O jornal israelense lembra que membros de equipes de socorro da Cruz Vermelha Palestina foram atacados durante a ofensiva. A falta de segurança para os trabalhadores humanitários tornou, em alguns casos, impossível a retirada dos feridos e mortos. "Um número desconhecido de palestinos morreu por ter sangrado durante dias, sem tratamento médico, à espera de socorro, enquanto as pessoas não ousavam sair de suas casas. O documento encontrado na casa palestina fornece uma prova escrita de que os comandantes do Exército israelense ordenaram a seus soldados tropas que atirassem nas equipes de resgate", diz a reportagem. PROVA O papel foi encontrado por um pesquisador do Centro Palestino dos Direitos Humanos, na casa da família de Sami Dardone, em Jabal al-Rayes, a leste de Jabalya. A numerosa família de Dardone morava em cerca de 40 casas deste bairro. Algumas delas foram tomadas pelo Exército para abrigar as tropas durante a ofensiva. Uma fonte militar disse ao Haaretz que "o comunicado não é um documento oficial assinado por um comandante; por isso o Exército não fará nenhum comentário a respeito Israel enfrenta uma série de denúncias, feitas por soldados, de que foram dadas ordens para atirar contra civis palestinos, mesmo mulheres e crianças. Há também a acusação de que capelães do Exército também teriam dito aos soldados que a guerra era contra não judeus.

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