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Atualização:

BAGDÁ - O Exército do Iraque disse nesta sexta-feira, 13, que suas forças avançaram em três frentes para começar a “limpar” os militantes do Estado Islâmico (EI) da cidade de Ramadi, cujas forças de segurança têm mantido um cerco na região por meses.

Contudo, um oficial do município e um policial de uma base militar próxima disseram que o avanço ainda não havia começado. A informação ainda não pode ser confirmada em razão da insegurança e da dificuldade de comunicação na região.

Membro das forças curdasem confronto com militantes do Estado Islâmico em Sinjar Foto: REUTERS/Ari Jalal

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Forças iraquianas pareciam estar mais bem posicionadas do que nunca nesta semana para lançar uma ofensiva em Ramadi, cidade localizada a 60 km a oeste de Bagdá, agora que os esforços de longos meses para cortar as linhas de abastecimento para a cidade começaram a dar resultados.

A tomada de Ramadi, capital da Província de Anbar, pelo Estado Islâmico em maio foi a maior derrota para o fraco governo central iraquiano em quase um ano.

Retomar a cidade dá mais impulso psicológico para as forças de segurança do Iraque, que em sua maior parte entraram em colapso diante dos avanços do EI. Em 2014, o grupo extremista apreendeu um terço do Iraque, grande produtor de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliado dos EUA.

A retomada também aumenta a pressão sobre o EI, que enfrenta diversas frentes de combate na vizinha Síria e parecer estar sendo empurrado para a cidade de Sinjar, no norte do Iraque, pelas forças curdas apoiadas pelos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA.

As forças iraquianas começaram “seu avanço para libertar Ramadi em três direções: oeste, norte e sudoeste, apoiadas pela força aérea, que está atualmente atacando alvos específicos”, informou um comunicado do Comando de Operações Conjuntas a uma rede de televisão estatal.

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Sinjar. Milicianos curdos iraquianos anunciaram que capturaram a cidade de Sinjar do controle do EI e fincaram sua bandeira no centro da cidade, disparando tiros em comemoração, embora os EUA e autoridades curdas alertarem que ainda é muito cedo para declarar vitória em uma grande ofensiva para retomar a cidade estratégica.

As forças curdas, conhecidas como peshmergas, encontraram pouca resistência, pelo menos inicialmente, sugerindo que muitos dos combatentes do grupo extremista podem ter se retirado antes da ofensiva. Também existe a possibilidade de eles terem saído para ganhar tempo antes de revidar.

Sinjar foi capturada pelo EI em agosto de 2014, o que causou a fuga de milhares de yazidis, minoria religiosa vista como infiel pelos extremistas. Pouco depois, eles tomaram a segunda maior cidade do Iraque, Mossul. /REUTERS e ASSOCIATED PRESS

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