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Exército dos EUA está pronto para agir, diz Defesa

Por Agencia Estado
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O porta-aviões norte-americano Kitty Hawk zarpou nesta sexta-feira de sua base, no porto japonês de Yokosuka, com destino desconhecido. O navio tem uma tripulação de 5.500 marinheiros, pilotos e soldados e capacidade para 70 aviões de combate. Bombardeiros B-52, utilizados durante a Guerra do Golfo para lançar mísseis de cruzeiro a grande distância, deixaram nesta sexta a Base Aérea de Barksdale, na Louisiana, informou a Força Aérea, que anunciou também ter convocado 5 mil reservistas. Na quarta-feira, outro porta-aviões norte-americano, o Theodore Roosevelt, com cem caças e escoltado por destróieres e submarinos, deixou a Costa Leste americana. Com a tripulação da esquadra partiram também 2.200 fuzileiros navais treinados para operações especiais. Segundo estimativas de especialistas em armamento, as Forças Armadas dos EUA estão concentrando mais de 300 aviões de guerra na região do Golfo Pérsico, de onde poderiam partir para missões na Ásia Central. Sem dar detalhes sobre objetivos militares ou as cifras da movimentação militar, a porta-voz do Departamento de Defesa, Victoria Clarke, disse nesta sexta que o Exército norte-americano está pronto para agir. "Estamos nos preparando para o que poderia ser um amplo leque de opções e deslocando um grande número de tropas e equipamentos", declarou. Na quinta-feira à noite, o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, disse que, embora as bases da região do Golfo Pérsico sejam o destino da maior parte dos aviões e navios norte-americanos, o iminente teatro de operações não se parece em nada com o das ações americanas durante a Guerra do Golfo, contra o Iraque, em 1991. "Esperamos algo que é muito, muito diferente da 2ª Guerra, da Guerra da Coréia, do Vietnã, do Golfo, Kosovo, Bósnia ou qualquer coisa que imaginamos quando se fala de guerra, campanha ou conflito", afirmou Rumsfeld, acrescentando que a campanha contra o terrorismo não se resolverá com um simples ataque de mísseis. "Estamos diante de uma maratona e não de uma prova de velocidade. A guerra contra o terror vai levar tempo." A revista especializada em assuntos militares Jane´s Defense Weekly prevê que as forças de elite norte-americanas devem desempenhar um papel de destaque na missão de capturar o terrorista saudita Osama bin Laden no território do Afeganistão. Para isso, assinala a Jane´s, que uma ação de ataques com mísseis terá de apoiar a tomada de uma porção do território afegão. "Os comandos americanos terão de ficar no território do Afeganistão o tempo suficiente para capturar Bin Laden e seus homens", analisa a revista. "A permanência prolongada de comandos no Afeganistão aumentaria a possibilidade de baixas." Outros analistas têm estimado que, antes de desfechar qualquer ação, os militares americanos terão de determinar com precisão seus alvos e a localização de Bin Laden. Para debilitar os combatentes talebans, Washington reforçará a guerrilha de oposição afegã, liderada por Ahmed Shah Massood, assassinado recentemente.

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