Reuters
BISHKEK- O Exército americano reverteu nesta sexta-feira, 9, uma decisão de retomar suas operações normais em sua base no Quirguistão, desviando todos seus voos com passageiros militares e restringindo voos de carga, de acordo com oficiais.
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A base aérea de Manas, instalação fundamental na guerra dos Estados Unidos com o Afeganistão, tem sido centro de debates desde que a oposição quirguiz tomou o poder e forçou o presidente Kurmanbek Bakiyev a fugir da capital, Bishkek.
O novo governo autoproclamado do Quirguistão já havia afirmado que poderia reduzir o contrato de locação da base, mas chefe interina, Roza Otunbayeva, confirmou nesta sexta a permanência da base aérea no país.
Ainda nesta sexta, o porta-voz da base, major Rickardo Bodden, havia afirmado que a instalação militar já estava operando normalmente. Mas o Comando Militar Central dos EUA, responsável pela base, disse mais tarde que todos os voos com passageiros foram suspensos e voos de carga não estão garantidos, sem explicar os motivos da restrição de operações.
Um oficial revelou sob anonimato que a medida estava relacionada com a segurança e foi tomada pelo comandante da base.
O pessoal da Manas está proibido de deixar a base desde que os confrontos entre a oposição que tomou o poder e forças de segurança começaram na quarta, deixando um saldo de ao menos 76 mortos e mais de mil feridos.
Para o Pentágono, a Manas é uma peça fundamental na guerra contra o Taleban, onde cerca de 50.000 soldados passaram apenas no mês passado em direção ao Afeganistão.
Sua permanência ou não no país pode ser considerada como um sinal da política a ser adotada pelo novo governo, que pode optar por manter relações próximas tanto com os EUA como a Rússia, a qual considera o Quirguistão parte de sua zona de influência.
Um alto oficial russo afirmou na terça-feira que a Manas tinha de ser fechada. "Deve haver apenas uma base no Quirguistão - russa", afirmou.