27 de janeiro de 2014 | 15h54
CAIRO - O marechal Abdel Fatah al-Sisi, militar que liderou o golpe que derrubou o presidente Mohamed Morsi do cargo em julho passado, recebeu o apoio da cúpula das Forças Armadas nesta segunda-feira, 27, para se candidatar à presidência do Egito. O anúncio oficial deve ser feito nos próximos dias.
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Fotos: atentados no Egito
Sisi obteve o respaldo do Conselho Supremo das Forças Armadas (SCAF, na sigla em inglês) horas depois de ter sido promovido ao cargo de marechal de campo pelo presidente interino Adli Mansour.
A candidatura consolida a ascensão de Sisi. Logo após a derrubada de Morsi, que o nomeara meses antes ministro da Defesa, Sisi liderou uma onda de repressão contra a Irmandade Muçulmana, o grupo político do presidente, e viu sua popularidade aumentar. Com base em discursos emotivos e no apelo a sua figura pessoal, viu sua popularidade aumentar.
Ontem, as eleições presidenciais, que deveriam ocorrer no final do ano, foram antecipadas para antes da votação que definirá o novo Parlamento do país. A votação deve ser mantida para a segunda quinzena de abril.
Em um discurso televisionado à nação, Mansour disse que pedirá para a comissão abrir as portas para candidatos se registrarem, conforme estipulado pela nova Constituição, adotada no início de janeiro. Mansour falou que o aumento de ataques terroristas não irão deter a transição do país para a democracia.
O final de semana foi marcado por uma onda de violência pelo Egito, que já deixou 49 mortos, 250 feridos e mais de 1 mil detidos em confrontos entre a polícia, opositores e adeptos de Morsi. / AP e REUTERS
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