13 de junho de 2012 | 13h56
CAIRO - O ministro da Justiça do Egito, Adel Abdel Hamid, concedeu nesta quarta-feira, 13, poderes para que o Exército detenha civis. Esse tipo de ação havia sido proibido em maio, após o fim da lei de emergência, que vigorou durante décadas. Agora, surge a suspeita de que os governantes militares do país estão tentando recriar essas mesmas leis.
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Hamid emitiu a decisão que permite que qualquer militar, incluindo integrantes da inteligência militar ou policiais militares, o direito de prender civis. A medida passa a valer na quinta-feira e será válida pelo menos até a redação da próxima Constituição.
A decisão deve enfurecer ativistas e manifestantes, que durante anos fizeram campanha pelo fim do estado de emergência, que dava à polícia amplos poderes para deter pessoas e foi muito usado para conter os dissidentes.
A medida é adotada apenas alguns dias antes do segundo turno da eleição presidencial entre o ex-premiê Ahmed Shafiq e o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi, que acontece no final de semana.
Analistas militares dizem que se trata de uma medida temporária, mas ativistas pelos direitos humanos advertem que ela pode estender o domínio dos miliares mesmo se eles transferirem o poder para os civis no mês que vem.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones
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