Exército egípcio prende porta-voz da Irmandade Muçulmana

Gehad el-Haddad era assessor de política externa do presidente deposto Mohamed Morsi

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Por Redação
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CAIRO - A polícia egípcia prendeu nesta terça-feira, 17, Gehad el-Haddad, o principal porta-voz de língua inglesa da Irmandade Muçulmana. Outros cinco membros do grupo também foram presos, todos acusados de incitar a violência, segundo informaram as autoridades egípcias. Outros líderes da Irmandade têm sido detidos com acusações semelhantes desde que o golpe de Estado no país.

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De acordo com uma fonte militar, documentos que estavam sob posse do porta-voz foram aprendidos e serão analisados durante uma investigação. O grupo foi encontrado em dois apartamentos localizados no subúrbio do Cairo, capital do Egito.

O porta-voz preso é filho de Essam el-Haddad, ex-assessor de política externa do presidente Mohamed Morsi, deposto em um golpe militar em 3 de julho. Entre os demais presos há também um ex-governador local, identificado como um dos líderes da Irmandade.

Desde que Morsi foi deposto, a violência contra a segurança e os prédios do governo egípcio vem aumentando em todo o país. Autoridades do Exército responsabilizam a Irmandade e os apoiadores de Morsi pelos ataques e afirmam que eles tentam desestabilizar o novo governo. A Irmandade nega as acusações.

El-Haddad vinha aparecendo regularmente na mídia internacional e se tornou uma das figuras mais conhecidas da Irmandade. Ele era comumente visto em canais internacionais de notícias defendendo a política adotada pela Irmandade Muçulmana antes e depois do golpe.

Depois que o Exército egípcio massacrou mais de mil manifestantes partidários de Morsi, o porta-voz passou a falar à imprensa internacional às escondidas e a postar informações sobre a situação local em uma rede social na internet. Reconhecido por ser um dos membros mais radicais da Irmandade, El-Haddad se recusava e fazer qualquer negociação com as autoridades militares no poder.

Mais cedo, um tribunal confirmou uma ordem do Ministério Público para congelar os bens de 25 membros da Irmandade e partidos islâmicos aliados./ REUTERS e AP

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