PUBLICIDADE

Exército filipino é acusado de matar testemunha da ONU

Gandinao testemunhou sobre os crimes políticos ocorridos nas Filipinas desde 2001

Por Agencia Estado
Atualização:

O partido Bayan Muna acusou nesta segunda-feira, 12, o Exército filipino de matar o militante Cheche Gandinao, uma das testemunhas dos representantes da ONU que investigam os crimes políticos ocorridos nas Filipinas desde 2001, mais de 800, segundo algumas organizações humanitárias. Gandinao foi baleado no sábado, 10, por um desconhecido em Guinalaban, na província de Misamis Oriental, na região de Mindanao. A legenda esquerdista afirma que o assassinato ocorreu em frente a um destacamento do Nono Batalhão de Infantaria, e que o pistoleiro fugiu em uma motocicleta que estava estacionada perto dos militares, que não fizeram nada para detê-lo. Gandinao, de 56 anos, tinha testemunhado em fevereiro perante o relator da ONU para crimes extrajudiciários, Philip Alston, sobre o assassinato de seu sogro, Dalmacio Gandiano, presidente do Bayan Muna na província. O partido afirma que 128 de seus militantes foram mortos desde 2001, quando chegou ao poder a presidente Gloria Macapagal Arroyo, acusada de não "desmantelar os esquadrões da morte" que estariam por trás dos crimes contra a esquerda. A organização de defesa dos direitos humanos Karapatan calcula que mais de 800 pessoas foram mortas por supostos grupos paramilitares desde 2001, número que inclui os assassinatos dos ativistas do Bayan Muna.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.