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Exército filipino é alertado contra "ingerência", em meio a rumores de golpe

Novo chefe militar do país disse que os soldados filipinos têm de se manter afastados da política

Atualização:
Aquino enfrenta o maior desafio de seu mandato de quatro anos, após seu índice de popularidade ter caído para os menores níveis Foto: Bullit Marquez/AP

Os soldados filipinos têm de se manter afastados da política, disse o novo chefe militar do país nesta quarta-feira, à medida que rumores de um possível golpe de Estado se espalhavam pela capital, Manila, após a Suprema Corte ter declarado como ilegal o fundo de estímulo econômico do presidente Benigno Aquino.

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As Forças Armadas, com 120 mil membros, têm uma história de golpes e tentativas de golpes. No mês passado, rumores se espalharam sobre uma trama contra o governo de Aquino por causa do escândalo sobre o fundo.

“Devemos ser lembrados que, como membros das Forças Armadas das Filipinas, devemos permanecer como profissionais e não-partidários”, disse o chefe militar, o general Pio Gregorio Catapang, a tropas em uma base aérea na província de Pampanga, ao norte da capital, Manila.

“Devemos permitir que o processo democrático tome seu curso e deixar o judiciário, o executivo e o legislativo lidarem com isso”, disse. “Não devemos nos intrometer, (mas) nos concentrar em nossa missão."

Aquino, filho único do ícone da democracia do país, a ex-presidente Corazón Aquino, enfrenta o maior desafio de seu mandato de quatro anos após seu índice de popularidade ter caído para os menores níveis, no mês passado.

Seu programa de estímulo econômico consistia em um fundo de 145 bilhões de pesos (3,34 bilhões de dólares) para impulsionar os gastos públicos, mas parte do dinheiro foi para aliados no Congresso, violando a Constituição, segundo determinou a Suprema corte.

(Por Manuel Mogato)

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