31 de março de 2009 | 05h53
O governo das Filipinas declarou nesta terça-feira, 31, estado de exceção no sul do arquipélago para que o Exército possa atacar o acampamento do Abu Sayyaf onde estão como reféns três voluntários da Cruz Vermelha.
Cruz Vermelha pede para Abu Sayyaf não decapitar reféns
O Abu Sayyaf ameaça decapitar um dos reféns, após esgotado o prazo dado às autoridades para que atendessem a sua reivindicação a que os soldados se retirem da ilha de Jolo.
O governador de Jolo, Abdusakur Tan, afirmou que a medida de emergência está vigente desde 9 horas (22 horas de segunda em Brasília), embora o ultimato dos rebeldes tenha expirado às 14 horas.
Mais cedo, o presidente da Cruz Vermelha, Richard Gordon, se dirigiu pela televisão aos sequestradores para pedir que não matem os voluntários.
O governo insiste que não pode se retirar a tempo de 15 aldeias da ilha de Jolo, mil quilômetros ao sul da capital Manila, e adverte que responderá com força se acontecer algo com os sequestrados.
A organização extremista, que já decapitou vários de seus reféns em situações anteriores, não exigiu até agora pagamento de resgate.
O suíço Andreas Notter, 39 anos, o italiano Eugenio Vagni, 62, e a filipina Jean Lacaba, 37, foram sequestrados em 15 de janeiro quando faziam uma inspeção rotineira em uma prisão em Jolo.
Fundado em 1991 por ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a União Soviética, o Abu Sayyaf está ligado à Jemaah Islamiya, considerado o braço da Al Qaeda no Sudeste Asiático.
Declarado grupo terrorista pelos Governos de Filipinas e Estados Unidos, o grupo é responsabilizado pelos atentados mais sangrentos dos últimos anos no arquipélago e por vários sequestros de filipinos e estrangeiros.
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