17 de maio de 2011 | 06h18
Policiais revistam cidadão em Dublin; cidade recebe nesta terça a rainha Elizabeth II
DUBLIN - Autoridades da República da Irlanda desarmaram nesta terça-feira, 17, uma bomba horas antes da visita histórica da rainha Elizabeth II ao país.
Segundo o Exército irlandês, um dispositivo explosivo improvisado, mas viável, foi encontrado na noite de segunda-feira em um ônibus do lado de fora do Glen Royal Hotel, em Maynooth, no condado de Kildare, uma região pela qual a monarca britânica passaria durante a visita de quatro dias. Todos os cerca de 30 passageiros do ônibus privado foram levados para Dublin em outro veículo.
Nesta terça-feira, em um incidente separado, houve um alerta de segurança em Dublin. Um pacote suspeito encontrado perto de uma linha de trem está sendo examinado.
Segurança
As autoridades irlandesas montaram a maior operação de segurança da história do país para receber a rainha, nesta terça-feira, na primeira visita de um chefe de Estado britânico desde que o país obteve sua independência da Grã-Bretanha, há 90 anos.
Correspondentes da BBC em Dublin relatam que a viagem lançará luz sobre a história compartilhada - que inclui guerras de independência e disputas políticas - pelos dois países. Mas a viagem terá, principalmente, um tom reconciliatório. No momento mais simbólico da visita, a rainha deverá homenagear os que morreram lutando contra a coroa inglesa pela independência irlandesa.
O governo irlandês elogiou a visita e também destacou seu valor simbólico. Antes de Elizabeth II, a última viagem de um monarca britânico à Irlanda fora feita há um século, por George V, antes da partilha da ilha e da independência do sul, onde hoje fica a república irlandesa. A Irlanda do Norte permanece sendo parte da Grã-Bretanha.
A viagem da rainha ocorre em um momento de novas ameaças por parte de republicanos irlandeses que se opõem ao acordo de paz na Irlanda do Norte. Nesta segunda-feira, Londres foi alvo de uma ameaça de bomba.
Segurança
No último fim de semana, alguns manifestantes foram às ruas de Dublin criticar a vinda da monarca do "vizinho do inferno", em referência à Inglaterra. Mas o embaixador britânico em Dublin, Julian King, que foi um dos organizadores da viagem de Elizabeth II, diz que, em geral, o povo irlandês tem sido "cálido".
Ele disse ter recebido centenas de cartas com elogios à chegada da monarca. Nesta terça-feira, cerca de 6 mil policiais farão a segurança nas ruas da capital irlandesa, e militares monitorarão o espaço aéreo. Cerca de 30 ruas da cidade ficarão fechadas ou terão acesso restrito.
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