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Exército israelense afirma ter causado 475 baixas no Hezbollah

Segundo o subcomandante do Comando Norte do Exército israelense, isso representaria entre 35% e 45% das forças ativas da guerrilha

Por Agencia Estado
Atualização:

O general-de-brigada Shuki Shachar, subcomandante do Comando Norte do Exército israelense, disse nesta terça-feira que Israel causou 475 baixas nas milícias do grupo xiita Hezbollah, o que representa entre 35% e 45% das forças ativas da guerrilha. Em entrevista coletiva no Comando Norte do Exército, na cidade de Safed, Shachar acrescentou que as Forças Armadas israelenses capturaram cerca de 20 milicianos, e que estes "estão nos dando informações extraordinariamente boas". O militar disse que "é muito importante que o Hezbollah tenha sofrido tantas baixas, porque uma organização terrorista não tem muitos efetivos, embora este grupo tenha reservas". Sobre os capturados, disse que alguns foram detidos enquanto dormiam. O Exército israelense afirma também que destruiu entre 60% e 70% dos mísseis de médio e longo alcance que a guerrilha tinha até 12 de julho, e 40% dos projéteis de curto alcance. O general israelense afirmou que o moral entre os militantes do Hezbollah está baixa, enquanto garantiu que "a motivação entre as tropas israelenses é muito alta e para cada unidade se apresentam 20% mais do que os voluntários necessários". O militar afirmou que o Hezbollah "não é a mesma organização que há quatro semanas", mas reconheceu a dificuldade de lutar contra uma milícia que atua "em centenas de equipes separadas em todo o Líbano". Para ilustrar as dificuldades encontradas pelas tropas israelenses no território libanês, foram mostradas na entrevista coletiva imagens de entradas de bunker camuflados entre as folhagens. O Hezbollah causou cerca de cem mortes do lado israelense, a maioria militares. Por esse motivo, o Exército israelense está agindo de forma pontual por terra, mar e ar "por todo o Líbano, exceto o extremo norte, onde não encontramos motivo para fazer isso". Shachar disse também que continuam chegando mísseis iranianos ao aeroporto de Damasco, e que tentam introduzi-los no Líbano por estrada. "Israel não tem o objetivo de atacar a Síria e se limita a bombardear essas estradas", disse o militar. Sobre os danos causados à população civil libanesa, Shachar disse que o Exército tenta evitar qualquer dano à população civil, e que às vezes suspendem os ataques para permitir missões humanitárias. O militar afirmou que "ainda não atacou infra-estruturas como as que podem ser usinas elétricas". Por fim, advertiu que a operação continuará até que o governo israelense decida que deve acabar com ela. "Estamos dispostos a assumir riscos até que nos digam que devemos parar", concluiu.

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