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Exército israelense prevê operação de até dois meses em Gaza

Por Agencia Estado
Atualização:

O Exército israelense prevê que a operação militar "Chuva de Verão" na Faixa de Gaza pode durar até dois meses, e que nos próximos dias os ataques se intensificarão por várias direções. Fontes militares reiteraram ao jornal "Ha´aretz" a postura exposta ontem pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, de que é impossível fixar um calendário para a operação, que começou em 28 de junho, dois dias depois da captura do soldado Gilad Shalit por três milícias palestinas. Nas últimas horas, a ofensiva israelense matou um miliciano palestino no norte de Gaza, enquanto este preparava um ataque com mísseis Qassam, segundo a versão do Exército de Israel. Hoje, a Força Aérea israelense também atacou um veículo na Cidade de Gaza e feriu cinco militantes do movimento islâmico Hamas. Os milicianos palestinos lançaram dois mísseis contra a cidade de Ashkelon, que caíram em zonas desabitadas. Os ataques israelenses em Gaza foram ontem relativamente esporádicos, mas as fontes militares prevêem uma intensificação nos próximos dias. Olmert convocou hoje a imprensa internacional para explicar sua política em Gaza e as razões pelas quais Israel se nega a aceitar uma troca de prisioneiros com o movimento Hamas. Agora, o Exército não está concentrado na libertação do soldado, mas na destruição de túneis no norte de Gaza - ao redor da passagem fronteiriça de Karni -, e nos bairros de Shejaeya e Zeitoun, redutos dos milicianos. No sul, as tropas israelenses continuam no aeroporto de Dahaniye, em aparente preparação para uma operação de resgate de Shalit, que só acontecerá se Israel tiver informação precisa sobre a localização do militar, segundo os altos comandantes. Até agora, a ofensiva israelense - a mais extensa desde a retirada de Israel desse território palestino em setembro do ano passado - matou mais de 50 palestinos, na maioria milicianos, mas também algumas civis, entre eles menores de idade. Um soldado israelense também morreu nas operações por causa de tiros de seus próprios companheiros.

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