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Exército israelense reconhece morte de palestino desarmado

Por Agencia Estado
Atualização:

Um suposto homem-bomba morto pelo Exército de Israel na Faixa de Gaza não carregava nenhum explosivo, mas havia corrido de uma patrulha militar durante a noite numa área proibida para os palestinos, admitiu nesta terça-feira a corporação. Palestinos comentaram que o homem morto era doente mental. Na noite de ontem, fontes israelenses garantiram que o homem foi morto quando corria na direção dos soldados, que estavam a cerca de 10 metros de distância e pensaram que ele fosse um militante suicida com explosivos atados ao corpo. Hoje, na mesma área, soldados foram atacados com tiros e granadas pelos palestinos, dizia um comunicado do Exército. Um civil israelense no local do incidente foi levemente ferido, mas não havia informações referentes a outras possíveis vítimas, prosseguiu o Exército. Também nesta terça-feira, militares israelenses seqüestraram em Jenin o militante Mohamed Suleiman al-Masri, ligado à milícia Tanzim, informaram fontes palestinas. Al-Masri foi levado de uma tenda no campo de refugiados em torno da cidade. Em Belém, o Exército israelense deteve Rafat Jawabra, um importante líder das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa. Em Nablus, soldados israelenses procuravam por supostos militantes palestinos quando descobriram um "laboratório móvel de bombas" no carro de um fugitivo, informou o Exército. Especialistas em bombas explodiram o veículo de forma segura. O carro continha explosivos plásticos, armas e produtos químicos utilizados na fabricação de bombas, garantiu o Exército. Os soldados detiveram o motorista do carro e outros dois homens procurados, entre eles Mansur Abad, outro militante da Tanzim. Em Hebron, soldados encontraram e desativaram uma bomba de 10 kg nos destroços do quartel-general da Autoridade Palestina na cidade. O complexo foi quase todo destruído por Israel, em sucessivas incursões contra o local. Na cidade portuária de Haifa, Israel, uma explosão inicialmente tida como um ataque palestino foi causada por um problema técnico numa fábrica de produtos químicos. Os serviços israelenses de segurança estão em estado de prontidão e temem que militantes palestinos estejam planejando um "mega-ataque" de proporções nunca vistas antes na região. Em maio, agentes do serviço secreto tomaram conhecimento de um plano para explodir dois prédios comerciais no centro de Tel Aviv. As duas torres - a versão israelense do World Trade Center - têm 50 e 46 andares, respectivamente. No mesmo mês, uma bomba foi colocada sob um caminhão e detonada quando o veículo entrava no maior depósito de combustíveis de Israel, situado numa área bastante povoada nos arredores de Tel Aviv. A explosão falhou e não houve vítimas. Enquanto isso em Belém, soldados israelenses chegaram para demolir um prédio que, diziam eles, era utilizado como esconderijo de militantes palestinos. A operação logo foi cancelada, pois descobriu-se que o dono possui laços com a senadora norte-americana Hillary Rodham Clinton e com institutos pacifistas israelenses. Os vizinhos disseram que o prédio pertence a Hussein Othman Issa, cuja família dirige a Escola Flores da Esperança, que promove a tolerância e a compreensão entre crianças palestinas e israelenses, ensina hebraico e prega a coexistência pacífica entre os povos. Hillary Clinton e o ex-chanceler israelense Shimon Peres estão entre os benfeitores da escola.

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