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Exército não vai permitir continuidade de greves no Egito

Militares prometem tomar 'medidas legais' a quem desrespeitar pedido pelo fim das paralisações

Atualização:

CAIRO - A Junta Militar no poder provisoriamente no Egito anunciou nesta sexta-feira, 18, que não permitirá a continuação de "greves ilegais" e protestos que estão atrapalhando a economia do país, segundo comunicado oficial. É o terceiro comunicado do tipo que o Exército faz em quatro dias.

 

 

Aos que desrespeitarem esses pedidos, os militares dizem que "confrontarão" com "medidas legais". O comunicado refere-se às paralisações que se espalharam pelo país ainda durante o período de protestos que derrubou a ditadura de 30 anos de Hosni Mubarak no dia 11 de fevereiro. Algumas dessas greves permanecem em vigor, o que tem prejudicado a economia egípcia, segundo o Exército.

 

Não ficou claro se o aviso também se aplica à grande manifestação que ocorreu nesta sexta na Praça Tahrir, no centro do Cairo. Os manifestantes fizeram uma grande marcha para pressionar os militares a promoverem as reformas políticas que prometeram. Há planos para que atos como este sejam realizados semanalmente.

 

Os militares prometeram convocar eleições e transferir o poder para lideranças civis eleitas em no máximo seis meses. A Constituição foi suspensa e o Parlamento foi dissolvido, de acordo com as demandas dos manifestantes.

 

As autoridades egípcias informaram que os protestos custaram somente ao setor turístico, um dos principais do país, US$ 1,5 bilhão. Distúrbios no Canal de Suez também influenciaram na alta do preço do petróleo.

 

Com Reuters e Associated Press.

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