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Exército ocupa Bangcoc para evitar protestos antigolpe na Tailândia

Comunidade internacional aumenta pressão sobre junta militar após general dar prazo de um ano para retorno da democracia no país

Atualização:

 BANGCOC - Policiais e soldados tailandeses encheram as ruas do centro de Bangcoc, neste sábado, 31, para impedir novos protestos contra o golpe de 22 de maio, depois que o chefe das Forças Armadas disse que um retorno à democracia levaria mais de um ano.

Em um discurso transmitido pela TV na sexta-feira, o general Prayuth Chan-ocha disse que os militares precisarão de tempo para reconciliar as forças políticas antagônicas e para planejar reformas.

Soldados tailandeses marcham durante a guarda de viaduto para evitar anti-golpe na Tailândia Foto: AP Photo/Wason Wanichakorn

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Prayuth, que derrubou o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, depois de meses de protestos, muitas vezes violentos, pediu paciência aos aliados internacionais da Tailândia, depois de delinear seu plano de reformas para o país do sudeste da Ásia.

"Entendemos que estamos vivendo em um mundo democrático. Tudo que pedimos é tempo para fazer uma reforma", disse Prayuth no seu discurso de sexta-feira, sentado numa mesa com flores na sua frente e retratos do rei Bhumibol Adulyadej e da rainha Sirikit na parede atrás dele. "Acreditamos que vocês escolherão o nosso reino ao invés de um sistema democrático falho."

Mas a resposta dos governos estrangeiros foi manter a pressão sobre a junta governante para que ela convoque eleições rapidamente.

Em uma conferência em Cingapura no sábado, o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, pressionou as Forças Armadas tailandesas para que elas libertem os presos, acabem com a censura e "se movimentem imediatamente para devolver o poder ao povo da Tailândia, através de eleições livres e justas".

A Austrália reduziu as relações com os militares tailandeses no sábado e proibiu os líderes do golpe de viajarem para lá. / REUTERS

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