PUBLICIDADE

Exército ocupa ruas de Dili para evitar nova onda de violência

Demissão em massa de militares timorenses provocou manifestações de descontentamento, que podem se repetir neste sábado

Por Agencia Estado
Atualização:

O Exército do Timor Leste ocupou neste sábado as ruas da capital do país, Dili, para reforçar a segurança e evitar outra onda de violência como a de sexta-feira, quando duas pessoas morreram e 30 ficaram feridas, informou a televisão australiana ABC. Segundo a fonte, os manifestantes, principalmente os 591 militares demitidos por causa de uma longa greve por melhores condições trabalhistas, planejam novos protestos neste sábado, na capital. A manifestação de sexta-feira, uma maiores desde a demissão em bloco, acabou numa batalha campal. Os militares e seus simpatizantes incendiaram carros e edifícios. Agentes das forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para tentar restabelecer a ordem. Segundo a agência australiana "AAP", dois policiais morreram. Os soldados que protestam são originários da região ocidental do país e lutaram na resistência contra a ocupação indonésia (1975-1999). Eles acham que a sua contribuição para a libertação da pátria não foi reconhecida. O orçamento militar do Timor Leste, uma República soberana desde maio do 2002, foi de cerca de US$ 4,4 milhões em 2003. As Forças Armadas contavam com 1.400 militares antes da demissão dos grevistas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.