Exército remove mortos e feridos para Israel

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Por Agencia Estado
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Uma equipe do exército israelense começou nesta sexta-feira a levar para Israel os turistas que ontem ficaram feridos no ataque com carro-bomba ao hotel Paradise, de propriedade de israelenses, em Mombasa, no Quênia. Os corpos das três vítimas israelenses também foram repatriados hoje, em um avião da Força Aérea deste país. Na explosão morreram dez quenianos, três israelenses e três terroristas. A polícia queniana já prendeu três estrangeiros, de origem árabe, suspeitos pelo atentado que deixou 16 mortos e dezenas de feridos e uma tentativa simultânea de explodir com mísseis um avião de uma companhia israelense, com mais de 260 civis a bordo. O porta-voz da polícia, King´ori Mwangi, disse que o terceiro homem foi capturado em Mombasa, a 20 quilômetros ao sul do hotel, perto da meia-noite de quinta-feira. Os outros dois foram presos num hotel próximo pouco depois da explosão. A polícia ainda não identificou os detidos. Em Beirute, no Líbano, um grupo desconhecido assumiu a autoria dos ataques, que se autodenomina "Governo da Palestina Universal no Exílio - Exército da Palestina". De acordo com o suposto grupo, os ataques foram cometidos para marcar o 55.º aniversário da divisão da Palestina entre árabes e judeus, que levou ao estabelecimento do Estado de Israel. Autoridades quenianas e israelenses suspeitam que a rede terrorista Al-Qaeda, do terrorista saudita Osama bin Laden, seja responsável pelos ataques. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, colocou o serviço secreto israelense, o Mossad, no comando das investigações. O atentado ocorreu às 8h25, quando cerca de 70 turistas israelenses, que acabavam de chegar em um vôo charter da companhia aérea Arkia, estavam no lobby do Hotel Paradise, que fica em Kikambala, a cerca de 20 quilômetros ao norte de Mombasa. Uma caminhonete Mitsubishi verde com três homens parou em frente da entrada do hotel. Um deles desceu e detonou uma bomba no lobby, enquanto os outros arremessaram a caminhonete contra o edifício e detonaram os explosivos que estava no veículo. De acordo com a polícia, entre os mortos estão dez quenianos - funcionários do hotel, membros de um grupo de dança tradicional, que recepcionaria os turistas, e bombeiros -, um cidadão israelense, dois irmãos israelenses de 12 e 13 anos, além dos três terroristas. De acordo com a rádio do Exército de Israel, um dos terroristas seria egípcio e um outro, queniano. O Paradise era muito procurado por israelenses, pois acreditavam que ali estariam seguros. Contudo, as estritas medidas de segurança não puderam evitar o ataque. O hotel, com mais de 200 quartos, ficou praticamente destruído.

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