Exército revê envio de príncipe Harry ao Iraque

Ele é considerado alvo em potencial e britânicos temem por sua segurança

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Por Agencia Estado
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Autoridades militares britânicas estão revendo a decisão de enviar o príncipe Harry para o Iraque. Ele é tido como alvo em potencial de ataques insurgentes e o Exército teme pela segurança do príncipe e de seu batalhão, segundo a BBC Brasil. O ministério da Defesa disse que o envio do príncipe sempre esteve em ?constante consideração?, mas que a intenção continua sendo de prosseguir com os planos. A viagem de Harry, o terceiro na linha de sucessão para o trono britânico, está prevista para as próximas semanas. O príncipe, de 22 anos, deverá liderar uma tropa de 11 soldados que realizará trabalhos de reconhecimento e coleta de inteligência usando tanques blindados. Segurança Em fevereiro o Exército e a Clarence House, a residência oficial do príncipe Charles, confirmaram que Harry seria enviado ao Iraque para exercer o ?papel normal de um comandante de tropa? ao invés de desempenhar uma função burocrática. ?Harry teria problemas em aceitar uma decisão de mudar seu papel por razões de segurança e colocá-lo atrás de uma mesa em Basra?, disse o correspondente da BBC para a família real, Peter Hunt. ?Ele sempre insistiu que queria servir como um oficial ativo e não ser tratado diferente por causa de seu status.? O príncipe está participando de exercícios de preparação e há relatos de que teria ameaçado deixar o Exército se não puder servir em um confronto. Caso seja mesmo enviado ao Iraque, Harry será o primeiro membro da família real a ser mandado para servir em uma zona de conflito desde que o príncipe Andrew, irmão de Charles, lutou na Guerra das Malvinas, em 1982. Em entrevista à BBC nesta quinta-feira, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, se recusou a comentar o caso, dizendo que ?é uma questão para as Forças Armadas?. Repercussão Fontes do regimento disseram à imprensa britânica que é "uma grande surpresa" que os altos comandantes militares tenham revisto a decisão de enviar Harry, de 22 anos, ao Iraque. "Haverá um mal estar no regimento se não o deixarem ir", disse a fonte, que acrescentou que Harry se sentirá mal se não for permitido que ele vá ao Iraque. O príncipe, na categoria de subtenente, deve servir no Iraque em maio como comandante de tropa normal, encarregado de uma unidade de 12 homens e quatro veículos blindados de reconhecimento Scimitar. Texto ampliado às 10:21

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