
13 de março de 2012 | 11h49
Também nesta terça-feira, o presidente Bashar Assad marcou para 7 de maio a data para eleições parlamentares nacionais. Inicialmente, a votação deveria ocorrer em março, mas foi adiada após o referendo realizado no mês passado sobre a nova Constituição, que permitiu que novos partidos políticos participem do pleito.
A Frente Progressiva Nacional, que inclui o partido de Assad, o governista Baath, e 11 grupos próximos à legenda, têm dominado as eleições e os 250 legisladores do país. Mas não está claro como a eleição será realizada, já que a violência continua a avançar no país.
Após uma campanha de um mês que resultou na saída dos rebeldes de outra importante base, em Homs, as forças do presidente Bashar Assad iniciaram um cerco à cidade de Idlib três dias atrás. A cidade estava sob o controle de centenas de combatentes do Exército Livre Sírio, formado por desertores.
Em Genebra, a agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que 230 mil sírios fugiram de suas casas desde o início do levante contra Assad, no ano passado. Segundo a ONU, mais de 7.500 pessoas foram mortas nos últimos 12 meses.
O coordenador do Alto Comissariado para Refugiados da ONU para a Síria, Panos Moumtzis, disse que 30 mil pessoas já fugiram para a Turquia, Líbano e Jordânia e "diariamente, centenas de pessoas continuam a cruzar as fronteiras de países vizinhos".
O Human Rights Watch (HRW) informou que tropas sírias instalaram minas terrestres ao longo da rota usada por pessoas que fogem da violência e tentam chegar à Turquia. O grupo pediu que Damasco pare de usar as armas proibidas, que irão ferir sírios pelos próximos anos.
Segundo o HRW, as minas foram plantadas nas últimas semanas. O grupo, que tem como base de relatório os relatos de testemunhas e sírios especializados em retirar essas minas, disse que as minas terrestres já atingiram civis. As informações são da Associated Press.
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