Exilados cubanos fazem mobilização internacional contra sucessão de Fidel

Grupos de exilados programam "manifestação mundial" que deve começar no próximo dia 10 de outubro

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Por Agencia Estado
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Uma plataforma de grupos de exilados cubanos em Miami anunciou nesta quarta-feira uma mobilização internacional em protesto à normalidade política que o Governo de Cuba quer imprimir ao processo de sucessão de Fidel Castro. Trata-se de um chamamento para que no próximo dia 10 de outubro se inicie uma "manifestação mundial" com o lema "Não à sucessão tirânica, não à monarquia comunista", segundo Pedro López, diretor da Coordenadoria Nacional Cubana, que reúne mais de uma dezena de grupos de exilados. "Esperamos que organizações de 25 a 30 países da Europa e América Latina unam-se" nos próximos dias a esta mobilização contra as "embaixadas e consulados cubanos ao redor do mundo", apontou López. O diretor apontou que a mobilização espera juntar "as mãos mais solidárias do mundo para que não se perpetue a tirania" e o povo cubano alcance "a tão sonhada liberdade". A proposta da Coordenadoria busca deslegitimar e denunciar a transferência do poder de Fidel Castro a seu irmão Raúl, devido às complicações de saúde do presidente cubano. López afirmou que "não persistem somente as mesmas condições de repressão, mas também uma sucessão monárquica que pretende perpetuar a tirania", e ressaltou que a mensagem enviada pelos exilados busca "pedir a solidariedade do mundo e levar a opinião pública para o caso cubano". A mobilização quer transmitir ao "governo cubano que não estamos de acordo com a sucessão e pedimos a democracia agora", disse Luis Alberto Ramírez, secretário executivo da Frente para Liberdade Total de Cuba, com sede em Porto Rico e Alemanha. Entre as organizações de exílio que integram a equipe de trabalho da Coordenadoria Nacional Cubana está o Comitê de Direitos Humanos Cubano e a organização "Município de Cuba no Exílio".

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