Explosão atinge capital do Iêmen; milhares protestam contra tomada do poder

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Por MOHAMMED GHOBARI
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Uma bomba explodiu do lado de fora do palácio da República na capital do Iêmen, Sanaa, neste sábado, ferindo três milicianos xiitas que protegiam o local, afirmaram testemunhas. O ataque elevou as tensões um dia depois de o grupo militante xiita Houthi dissolver o Parlamento e formalmente assumir o poder do empobrecido e conflituoso país da Península Arábica.  O palácio, que era habitado pelo ex-primeiro ministro iemenita, hoje abriga Mohammed al-Houthi, um oficial de alto escalão do movimento apoiado pelo Irã e cujo braço armado detêm grande parte do Iêmen.  Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque, mas os militantes sunitas da Al Qaeda na Península Arábica (Aqap) já confrontaram inúmeras vezes os cada vez mais poderosos houthis, elevando os temores de uma guerra sectária total.  Separadamente, milhares de manifestantes se reuniram em três cidades na região central do Iêmen para protestar contra a tomada de poder pelos houthis. Guerrilherios houthis dispersaram dezenas de ativistas que estavam próximos à principal universidade da capital atirando para cima.  Manifestantes cantaram classificando como "golpe" a ação dos houthi e exigindo que o grupo retire suas forças das maiores cidades do país.  Os houthis adentraram Sanaa em setembro e começaram a se espalhar por mais cidades do sul e do oeste do Iêmen. Membros armados do grupo estavam espalhados pelo país após o anúncio de sexta-feira, espalhando checkpoints em torno de prédios do governo. A organização do grupo desestabilizou as frágeis forças de segurança e provocaram a fúria entre os guerrilheiros tribais aliados à Al Qaeda.  Quatro guerrilheiros houthi foram mortos em um suposto ataque da Aqap na província de al-Bayda, no sul do país, na sexta-feira, enquanto forças do exército combatiam forças tribais e guerrilheiros da Aqap em um distrito vizinho neste sábado. 

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