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Explosão atinge marcha comemorativa na Ucrânia neste domingo

Duas pessoas foram mortas e mais de dez ficaram feridas

Atualização:

Duas pessoas foram mortas e mais de dez ficaram feridas após explosão de bomba em Kharkiv, na Ucrânia, durante uma marcha neste domingo para comemorar o primeiro aniversário da saída do presidente Viktor Yanukovych, disse o Ministério do Interior. A explosão foi considerada um ato terrorista.

A violência ocorre desde a queda de Yanukovych um ano atrás. O Parlamento ucraniano votou em 22 de fevereiro de 2014 para retirar o presidente favorável à Rússia, o que foi seguido por meses de protestos violentos crescentes na capital Kiev.

Presidente ucranianoPetro Poroshenko participou da marcha, assim como outros líderes da região Foto: Sergei Supinsky/AFP

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Imagens das emissoras de TV mostraram equipes de emergência carregando o corpo de uma vítima para uma ambulância. Um procurador regional disse inicialmente que três pessoas morreram, contudo, mais tarde revisou o número para dois.

O protesto deste domingo em Kharkiv foi um de uma série de eventos na Ucrânia que marcam a morte de 100 manifestantes um ano atrás em uma revolta que derrubou o presidente pró-Moscou. Mais de 5,5 mil pessoas foram mortas desde então em uma guerra entre as tropas do governo e separatistas apoiados pela Rússia no leste do país.

Um comandante rebelde pró-russo disse que os separatistas iniciariam a retirada de armas pesadas a partir da linha de frente no leste da Ucrânia neste domingo, um sinal de que os rebeldes podem estar preparados para deter seu avanço como parte de um acordo de paz negociado internacionalmente.

Os confrontos diminuíram em muitas áreas que desde o cessar-fogo entrou em vigor há uma semana, mas a trégua foi abalada pela captura de rebeldes na quarta-feira na cidade de Debaltseve, forçando milhares de soldados ucranianos a recuar.

Manifestantes seguram cartazes onde lê-se: 'Glória aos heróis' e 'Somos Europa' Foto: Sergei SupinskyAFP

Armamento pesado. Mas os movimentos em direção da retirada de armas pesadas, junto com a troca de dezenas de prisioneiros com as forças do governo da Ucrânia, no sábado, poderia indicar que os rebeldes pretendem observar a trégua mais plenamente, tendo alcançado um objetivo militar ao dominar Debaltseve.

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"O plano foi assinado ontem à noite ... A partir de hoje há duas semanas para retirar as armas pesadas", disse à agência de notícias Interfax o comandante rebelde Eduard Basurin.

Outra agência de notícias russa, a TASS, disse que a retirada ainda estava sendo organizada, segundo o mesmo comandante, e que a saída efetiva ocorrerá a partir de terça-feira.

Do lado ucraniano, Lysenko disse que não há confirmação sobre se os rebeldes começaram a retirar as armas.

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