15 de agosto de 2009 | 09h45
O suicida burlou vários anéis de segurança instalados pela polícia afegã e detonou seus explosivos em frente à sede das forças militares internacionais, em um ataque possivelmente com intuito de enviar a mensagem de que o Taleban pode atacar qualquer parte do país, no momento em que o Afeganistão se prepara para a segunda eleição presidencial direta de sua história.
Os extremistas já advertiram os afegãos para que não votem e ameaçaram realizar atentados contra os postos de votação. O quartel general da Otan, onde está baseado o general norte-americano Stanley McChrystal, encontra-se perto da embaixada dos Estados Unidos e na mesma rua do Palácio Presidencial.
A explosão foi o primeiro atentado grave em Cabul desde fevereiro, quando oito extremistas do Taleban atacaram três prédios do governo de maneira simultânea, no coração da cidade, em um atentado que provocou a morte de 20 pessoas e os oito agressores.
O Afeganistão tem se preparado para ataques antes das eleições. Trabalhadores internacionais no país planejavam trabalhar de casa durante a próxima semana ou foram incentivados a deixar o país. Soldados norte-americanos, da Otan e do Afeganistão trabalhavam para proteger os locais de votação, particularmente em regiões onde os extremistas têm forte presença.
O presidente, Hamid Karzai, condenou o atentado e disse que os afegãos sabem a importância das eleições de quinta-feira. "Os inimigos do Afeganistão, ao conduzirem esses ataques, tentam criar medo entre as pessoas conforme nos aproximamos das eleições", disse ele, em comunicado, acrescentando que os afegãos "não temem qualquer ameaça e vão votar".
O Taleban assumiu a responsabilidade e disse que o alvo era a sede da Otan e a embaixada dos EUA. As informações são da Associated Press.
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