14 de janeiro de 2014 | 15h09
Ninguém assumiu a responsabilidade pela explosão, mas a seita militante Boko Haram, fundada na cidade, tem atacado escolas e instalações militares e do governo, em meio à repressão do Exército à rebelião de quatro anos do grupo.
O carro-bomba explodiu do lado de fora das instalações da TV estatal no início da tarde, disseram testemunhas à Reuters.
"Meus homens contaram 17 mortos, e a contagem continua", afirmou Lawan Tanko, comandante policial.
"Eu vi dois garotos no chão com os corpos cortados em pedaços. Dois outros carros pegaram fogo imediatamente. Eu corri porque havia muito sangue", declarou Aisha Hassan, uma testemunha, à Reuters.
Soldados dispararam tiros para cima para dispersar a multidão em torno do local da explosão, afirmaram testemunhas.
Dezenas de jovens, alguns com facões, protestaram nas ruas depois do ataque, acusando os políticos de não conterem a violência na cidade.
O presidente Goodluck Jonathan intensificou a campanha contra o grupo em maio do ano passado, mas, segundo especialistas, não conseguiu conter a violência que matou milhares no ano passado.
A seita radical luta para criar um Estado islâmico num país dividido igualmente entre muçulmanos e cristãos.
(Reportagem adicional de Isaac Abrak)
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