BOGOTÁ - A Procuradoria da Colômbia anunciou que identificou o homem que explodiu, nesta quinta-feira, 17, um carro com 80 quilos de explosivos em uma academia de polícia em Bogotá, causando a morte de 21 pessoas e deixando 68 feridas. Trata-se de José Aldemar Rojas Rodríguez, de 57 anos.
A Procuradoria não informou se o autor do ataque está envolvido com algum grupo armado, mas garantiu que "nas próximas horas" dará mais informações sobre os "determinadores ou autores intelectuais deste ato terrorista".
O carro explodiu dentro da academia de polícia Escola General Santander, em Bogotá, na Colômbia, na manhã desta quinta-feira, segundo informações dos jornais colombianos El Tiempo e El Espectador. As autoridades suspeitam que tenha sido um atentado terrorista.
O veículo que explodiu estava dentro da escola, que forma os oficiais da Polícia Nacional da Colômbia, por volta das 9h48 do horário local. Imagens mostraram o carro em chamas. Ambulâncias e helicópteros foram para o local. Testemunhas disseram que ouviram uma explosão que destruiu as janelas de prédios pertos da escola.
Embora os investigadores não tenham entrado em detalhes sobre a explosão, policiais que pediram anonimato afirmaram à France-Presse que o autor foi descoberto após um cachorro identificar os explosivos em seu carro. Ele teria acelerado, atropelando um policial, e durante a perseguição explodido o carro, acabando com a própria vida e a dos perseguidores.
O presidente Iván Duque classificou o episódio como "um ataque miserável" e falou que a Colômbia não irá se curvar à violência. "Todos os colombianos rejeitamos o terrorismo e estamos unidos para combatê-lo", publicou em rede social.
Recentemente, rebeldes da guerrilha de extrema esquerda do Exército de Libertação Nacional (ELN) têm aumentado os ataques contra alvos de polícia na Colômbia em meio a uma disputa com Ivan Duque sobre como reiniciar as conversas sobre acordos de paz. Desde que ele tomou posse em agosto de 2018, ele se recusou a negociar um cessar-fogo.
O ELN era considerado uma ameaça militar menor que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), cujo acordo de paz feito em 2016 desarmou os 7 mil guerrilheiros. Por décadas, moradores de Bogotá viveram sob atentados de bombas de rebeldes de extrema esquerda ou pelo cartel de drogas de Pablo Escobar. / AP e AFP