CIDADE DO MÉXICO - Ao menos 13 pessoas morreram na explosão que atingiu o complexo petroquímico da companhia estatal mexicana de petróleo Pemex, localizado na cidade de Coatzacoalcos, no Estado de Veracruz, na noite de quarta-feira, 21. A explosão, causada por um vazamento, provocou um incêndio no complexo e deu origem à uma enorme nuvem de fumaça sobre a fábrica da Petrochemical Vinil, operada pela Mexichem em parceria com a estatal.
Segundo o diretor geral da Pemex, José Antonio González Anaya, os motivos que levaram à uma falha na tubulação estão sendo investigados, mas permanecem desconhecidos. "A unidade utiliza insumos como cloro e etanol, que são altamente inflamáveis, mas não sabemos as causas do vazamento". Anaya ainda afirmou que a estrutura industrial sofreu danos severos e demorará um ano para ser reconstruída.
A companhia petrolífera confirmou o número de mortos em mensagem publicada no Twitter. "Infelizmente se confirmam 13 trabalhadores mortos pela explosão na fábrica da empresa PMV Mexichem-Pemex".Além das vítimas, o acidente deixou 136 pessoas feridas, sendo que 88 estão hospitalizadas - 13 dessa em estado grave - e 48 já receberam alta.
Luis Felipe Puente, coordenador nacional de Defesa Civil disse que há "pessoas desaparecidas", e uma apuração será feita com base na lista de funcionários que trabalhavam no momento do incidente. Contudo, o oficial mexicano não descarta a possibilidade do aumento do número de fatalidades. "Não entramos em uma zona muito delicada, podem acontecer desabamentos. A área está sendo resfriada com água e este número (de mortos) pode aumentar. Ainda temos muitas pessoas nos hospitais".
A nuvem de fumaça tóxica levantada pela explosão causou o pânico na cidade de Coatzacoalcos, fazendo com que mais de 2 mil pessoas tivessem de deixar suas casas e obrigando o governo mexicano a cancelar as aulas na cidade nesta quinta-feira, 21. / AFP, REUTERS E EFE