Explosão em mesquita na Arábia Saudita deixa dezenas de vítimas

Homem-bomba detonou cinturão de explosivos no interior de mesquita xiita, onde estavam cerca de 150 pessoas, no horário da reza do meio-dia; hospital diz que 20 morreram e 50 ficaram feridos

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Por Redação
Atualização:

RIAD - Uma ataque suicida em uma mesquita xiita em Al-Qadih, na Província de Al-Qatif, na Arábia Saudita, deixou dezenas de mortos e feridos nesta sexta-feira, 22, de acordo com o Ministério do Interior. Funcionários de um hospital para onde as vítimas foram levadas afirmam que pelo menos 20 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas - algumas em estado grave - em razão do ataque.

De acordo com Mansur al-Turki, porta-voz do ministério, um homem-bomba detonou um cinturão de explosivos preso ao seu corpo no interior do templo durante o horário de oração do meio-dia - a maior importante para os muçulmanos -, quando a mesquita estava lotada.

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No momento da explosão, segundo uma testemunha, cerca de 150 pessoas estavam no interior da mesquita. "Estávamos fazendo a primeira parte das orações quando escutamos a explosão", disse à Kamal Jaafar Hassan à Reuters por telefone. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram os corpos da vítimas - e do terrorista -, muito sangue, pessoas feridas e socorristas atendendo os feridos no ataque.

Até o momento, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. Em novembro, porém, uma gravação atribuída ao líder do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, pedia aos seus seguidores que iniciassem uma guerra contra a Arábia Saudita. 

Baghdadi pediu aos sauditas que se rebelassem contra os sunitas do país, incluindo a família Saud, que governa o país, e os soldados sauditas. No mesmo mês foi realizado um ataque contra uma mesquita xiita na população de Al Daluh, na província de Al Ahsa, que causou a morte de oito pessoas. A polícia saudita anunciou posteriormente a prisão de 77 pessoas supostamente envolvidas no ataque e que seguiam ordens do EI.

As províncias orientais de Al-Ahsa e Al-Qatif pertencem à região de Al-Sharquiya e são de maioria xiita. Esta comunidade representa cerca de 10% da população saudita - predominantemente sunita - e se queixa de sofrer discriminação e marginalização legal. / EFE e REUTERS

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