Explosão fere mais de 30 pessoas na Turquia

Incidente ocorreu na famosa praça Taksim, em Istambul; polícia encontrou mais explosivos perto do local do ataque.

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Por BBC Brasil
Atualização:

Explosão na praça Taksim ocorreu perto de local onde estava a tropa do choque da polícia Um ataque suicida no centro de Istambul, na Turquia, deixou mais de 30 feridos, incluindo 15 policiais. A polícia turca informou que o suicida tentou embarcar em um ônibus da polícia na praça Taksim. Além dos policiais, outros 17 civis também ficaram feridos na explosão. Outros quatro dispositivos explosivos foram encontrados pela polícia nas proximidades da praça, que é um dos pontos turísticos mais famosos de Istambul, e esquadrões foram chamados para desarmar as bombas. A explosão ocorreu no início da manhã, próxima ao monumento em homenagem à independência da Turquia, que está sempre lotado. Geralmente, esquadrões da tropa de choque da polícia ficam posicionados nesta parte da praça, que frequentemente é usada para manifestações. Um porta-voz da polícia informou que acredita que estes esquadrões eram os alvos dos ataques, que, segundo ele, pode ter sido causado por um suicida. Imagens de canais de televisão turcos mostraram partes de corpos espalhados pelo chão da praça Taksim. De acordo com o correspondente da BBC em Istambul Jonathan Head, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas o cessar-fogo fechado há dois meses com rebeldes curdos expira neste domingo. Explosão Aris Virkas, testemunha da explosão, disse à BBC que atravessava a praça quando ouviu o barulho. "Me virei e vi policiais com sangue no rosto e alguém caído no chão. Pessoas, incluindo a polícia, corriam em pânico", disse. "Havia um grande ônibus com talvez 20 policiais, eles saíram do ônibus, tentando descobrir o que estava acontecendo. Depois de alguns minutos eles começaram a pedir que as pessoas se afastassem", afirmou. O correspondente da BBC em Istambul Jonathan Head afirmou que as suspeitas agora devem se voltar para as facções separatistas curdas, ou grupos ligados à Al-Qaeda. "Aqueles que ameaçam a paz da Turquia, a segurança e o desenvolvimento, não serão tolerados", afirmou o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, depois da explosão. O partido separatista curdo PKK já realizou ataques com bombas em Istambul no passado, assim como grupos de extrema esquerda e grupos islâmicos. Mas o PKK fechou um cessar-fogo há dois meses, que deve ser encerrado na noite de domingo, se não for determinada uma renovação. Recentemente, os líderes do PKK afirmaram que os separatistas não iam mais atingir civis. De acordo com Jonathan Head, grupos ligados à Al-Qaeda são pequenos porém ativos na Turquia. Frequentemente a polícia prende integrantes destes grupos e mais de cem suspeitos de ser militantes da Al-Qaeda já foram presos apenas em 2010. Um grupo ligado à Al-Qaeda atacou o consulado britânico em Istambul, em 2003, deixando 28 mortos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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