Duplo atentado suicida em Damasco deixa ao menos 31 mortos

Na primeira ação, terrorista detonou colete com explosivos na entrada do edifício do Palácio de Justiça; segundo ataque na capital aconteceu horas mais tarde, em um restaurante

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DAMASCO - Pelo menos 31pessoas morreram e 130 ficaram feridas em um duplo atentado suicida na capital síria, Damasco, nesta quarta-feira, 15 - data em que o conflito no país entra em seu 7º ano. Fontes da polícia da capital disseram que os números preliminares e podem aumentar em razão da quantidade de feridos graves deixada pelos ataques.

A primeira explosão aconteceu no Palácio de Justiça no centro de Damasco, informou a agência de notícias oficial síria "Sana". Já o segundo ataque foi realizado em um restaurante da capital.

Forças de segurança isolam área do Palácio de Justiça, em Damasco, após atentado terrorista Foto: AFP PHOTO / Louai Beshara

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De acordo com a televisão estatal síria, um suicida detonou uma bomba no edifício do Palácio de Justiça, no bairro de Al-Hamidiya. Cerca de duas horas depis, uma segunda explosão atingiu Damasco, informou a televisão estatal. "Um ataque terrorista atingiu o setor de Raboué", em Damasco Ocidental, informou a rede.

Os atentado ocorrem depois que no sábado pelo menos 74 pessoas foram mortas, a maioria peregrinos procedentes do Iraque, segundo o Observatório, em um atentado no centro da capital que foi reivindicado pela ex-filial síria da Al-Qaeda.

Os meios de comunicação oficiais sírios, no entanto, rebaixaram o número de vítimas nesse ataque para 40 e alegaram que 120 pessoas ficaram feridas.

Luta armada. A revolta começou em 15 de março de 2011, com protestos pacíficos que foram reprimidos com violência e não tardaram em se transformar em uma insurreição contra o regime do presidente Bashar Assad.

Com o passar do tempo, o conflito se tornou cada vez mais complexo, com o envolvimento de extremistas islâmicos e a intervenção de potências regionais e internacionais.

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Em seis anos, a guerra fez mais de 320.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados. / EFE e AFP

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