PUBLICIDADE

Explosão perto da casa de ministro paquistanês deixa 20 mortos

Por MICHAEL GEORGY
Atualização:

A explosão de um carro-bomba perto da casa de um ministro de governo provincial no Paquistão matou 20 pessoas na terça-feira, disse um policial, em mais um sinal de que as autoridades estão lutando contra militantes do Taliban cujo objetivo é assumir o poder. Os militantes que rejeitam a influência ocidental no Paquistão, país dotado de armas nucleares e que Washington vê como crítico na batalha contra a linha-dura islâmica no Afeganistão, não vêm diminuindo seus ataques, apesar da repressão a seus redutos movida pelas forças de segurança. A explosão aconteceu na cidade de Dera Ghazi Khan, em uma feira, o tipo de lugar frequentemente alvejado por militantes que buscam infligir o número máximo de baixas. "Aconteceu perto de uma feira, e várias lojas desmoronaram", disse Tariq Gurmani, residente da cidade na província de Punjab, acrescentando que viu várias pessoas feridas. O ataque serviu para ressaltar fortemente que o governo civil fraco do presidente Asif Ali Zardari ainda não desenvolveu uma estratégia para derrotar os militantes que querem controlar a sociedade com mão forte, o que inclui açoitamentos públicos e execuções de pessoas consideradas imorais. "Foi um carro-bomba. Cerca de 20 pessoas foram mortas e outras 50 estão feridas", disse a repórteres o policial sênior Mubarak Ali Athar. Militantes já mataram centenas de pessoas em atentados a bomba desde a repressão movida em outubro no Uaziristão do Sul - parte da região vista como centro global de militantes - e que, segundo as autoridades, desferiu um golpe importante contra o Taliban. Os militares governaram o Paquistão durante mais de metade dos 62 anos de história do país, e nenhum governo civil até hoje chegou ao fim de seu mandato, fato que valeu ao país a reputação de Estado instável. O Exército é visto como a instituição mais habilitada a unir o Paquistão, politicamente turbulento, em momentos de crise, apesar de os golpes militares terem prejudicado as credenciais democráticas do país.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.