PUBLICIDADE

Explosões e disparos nas imediações da Basílica da Natividade

Por Agencia Estado
Atualização:

Numerosas explosões e disparos foram ouvidos nesta quinta-feira à noite nas imediações da Basílica da Natividade, em Belém, onde cerca de 200 palestinos armados estão refugiados há mais de duas semanas. O Exército israelense, que proíbe a entrada de jornalistas e outros observadores nas áreas próximas do complexo religioso - considerada "zona militar fechada" -, não informou se as explosões causaram danos a algum edifício. Além da basílica - erguida sobre a gruta onde, segundo a tradição, nasceu Jesus Cristo -, o complexo abriga outros edifícios administrados por católicos, protestantes e ortodoxos e mais de 50 religiosos estão em seu interior. Pelo menos dois palestinos foram mortos no local por atiradores de elite israelenses e seus cadáveres estão se decompondo na igreja, uma vez que os militares de Israel não autorizaram a entrada dos funcionários das agências humanitárias que se dispõem a resgatá-los. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, reiterou que Israel não abandonará o assédio à basílica até que os palestinos sejam capturados e "julgados em Israel". As negociações entre israelenses e palestinos para pôr fim ao cerco foram suspensas hoje, pouco antes dos disparos. Segundo os palestinos, o diálogo foi rompido porque Israel recusou-se a aceitar uma terceira parte para mediar a questão. O Exército israelense não fez declarações sobre o caso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.