12 de dezembro de 2010 | 00h00
Um homem morreu e duas pessoas ficaram feridas ontem após duas explosões no centro de Estocolmo, capital da Suécia. O episódio ocorreu às 17h20 do horário local(14h20 em Brasília). A TT, agência de notícias sueca, afirma ter recebido e-mail antes das explosões com arquivos em árabe e em sueco, cujo conteúdo condena a presença de tropas daquele país no Afeganistão. O fato de o cartunista sueco Lars Vilks ter feito uma caricatura de Maomé em 2007 também teria sido abordado na mensagem. A polícia sueca suspeita que a vítima era um homem-bomba.
"Nossas ações falarão por si mesmas enquanto não acabem com sua guerra contra o Islã, a humilhação do Profeta e seu apoio ao porco do Vilks", teria dito a voz de um homem na gravação, conforme a agência.
Segundo a emissora de TV estatal sueca SVT, as duas explosões foram fruto de uma tentativa de ataque terrorista. No Twitter, o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, confirmou que um ataque foi evitado. "Houve uma preocupante tentativa de ataque terrorista em um área povoada do centro de Estocolmo que fracassou - mas poderia ser realmente catastrófica", escreveu Bildt em seu microblog.
Compras de natal. As explosões aconteceram em uma área central de Estocolmo, próxima a um concorrido centro de compras. O local fica perto também do Concert Hall, onde ocorreu a entrega dos prêmios Nobel 2010.
Segundo porta-voz da polícia, Petra Sojlnader, a primeira explosão foi a de um automóvel que continha latas de gás, estacionado na área. Um vídeo amador mostrou cenas do carro em chamas. A segunda foi a de outro veículo. Os carros estavam a cerca de 300 metros.
A região das explosões foi isolada pela polícia. Cenas de pânico da população local, que reclamava da fumaça e do cheiro, foram mostradas pela imprensa.
Foco. Além da premiação do Nobel, ma última sexta-feira, Estocolmo e o governo da Suécia estão no centro das atenções internacionais por causa do pedido de extradição contra Julian Assange, um dos fundadores do Wikileaks, que atualmente está preso em Londres.
REUTERS / EFE / BBC
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