16 de janeiro de 2013 | 02h09
Pelo menos 80 pessoas morreram e 160 ficaram feridas ontem em explosões na Universidade de Alepo no dia de retorno às aulas, segundo fontes do governo e de serviços locais de saúde. A tragédia marca uma perigosa escalada na violência na cidade, um dos principais palcos do confronto entre forças do regime de Bashar Assad e insurgentes.
Ainda não estão claras as causas do ataque e os dois lados em luta na Síria trocaram acusações. Os rebeldes afirmam que caças de Assad bombardearam a universidade. De outro lado, uma fonte militar síria disse à agência France Presse que se tratava de um míssil terra-ar disparado pelos insurgentes, enquanto a TV estatal de Damasco descrevia um ataque "com dois mísseis disparados pelos terroristas". Outros, ainda, falavam em um carro-bomba.
O governador da Província de Alepo, Mohamed Wahid Akad, disse que 82 pessoas morreram na hora do ataque e 160 foram levadas ao hospital da universidade. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo opositor com sede em Londres, estima que 52 pessoas morreram, mas informou que o número deve ser maior, pois havia vários feridos em estado grave.
Ontem, a Rússia indicou que bloqueará uma iniciativa de cerca de 50 países pedindo ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, que investigue os responsáveis pela violência na Síria. A solicitação foi feita por meio de uma carta organizada pela diplomacia da Suíça e endossada por países de vários continentes, incluindo latino-americanos e árabes. O Brasil não apoiou o documento. Segundo o chanceler russo, Sergei Lavrov, o pedido é "contraproducente" e ocorre "em um mau momento". / AFP e REUTERS
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